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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Grammy 2016 - Gravação do Ano

Continuando a série de posts sobre o Grammy, hoje é dia de falar da categoria de gravação do ano, que premia a melhor música do ano.

Nos últimos anos, a vencedora da categoria tem sido uma música com uma boa recepção da crítica e que tenha feito um grande sucesso com o público. Foi assim com "Stay With Me", do Sam Smith, esse ano, com "Get Lucky" em 2014 e "Somebody That I Used to Know", em 2013.

Esse ano, a categoria tem 4 mega hits ("Uptown Funk", "Can't Feel My Face", "Blank Space" e "Thinking Out Loud") e apenas uma música mais desconhecida ("Really Love").

Começando pela mais desconhecida, "Really Love" é uma música do D'Angelo - cantor de r&b, que não lançava nada inédito há anos - e está no álbum "Black Messiah", que eu estava apostando que estaria indicado à álbum do ano, porque foi um dos discos mais aclamados pela crítica em 2015, mas enfim, escolheram uma música, muito boa, diga-se, para entrar na disputa de gravação do ano. "Really Love" tem uma pegada meio jazz, com um walking bass e um ótimo solo de violão, com o D'Angelo entrando para cantar com quase dois minutos de música. É definitivamente uma excelente música, e preencheu a vaga que estava faltando na categoria, já que as outras quatro músicas provavelmente seriam - e foram - os 4 hits citados. Apesar de não achar que tenha chances de levar o prêmio, é sempre legal ver que os eleitores do Grammy não estão de olho somente naquilo que fez muito sucesso, o que é quase uma praxe nas premiações musicais (VMA, American Music Awards, etc.).



Passando aos hits, realmente não há muito que possa ser dito sobre eles, já que todo mundo ouviu essas músicas e sabe o quanto elas são boas.

"Can't Feel My Face", do The Weeknd, é um ótimo r&b com influências pop, tendo um refrão muito bom e um instrumental moderno que casam muito bem com a voz do Weeknd. A música liderou as paradas americanas e é, com toda certeza, a melhor do álbum "Beauty Behind The Madness", que eu comentei no post dos indicados a álbum do ano.



Outra música que vem de um álbum indicado a melhor do ano é "Blank Space", do "1989" da Taylor Swift. Além de ter sido um grande sucesso, a música agradou também os críticos, principalmente com as referências na letra ao tratamento dado pela mídia às aventuras amorosas da maior popstar da atualidade. Eu gosto muito do modo como a música é praticamente falada nos primeiros versos e não tem como negar que o refrão pega. No entanto, acho que a música não tem muitas chances nessa categoria (não que seja culpa dela, existe um franco favorito), mas eu diria que, como o forte da música é a letra, ela é uma fortíssima candidata a "canção do ano".



"Thinking Out Loud", do Ed Sheeran, é a música que fez sucesso mais cedo, até porque foi lançada ainda no ano passado. É uma bela balada pop, talvez seja a música mais tocada nos casamentos desse ano (não, Maroon 5, invadir casamentos pra promover sua música não conta), e é realmente uma das melhores músicas pop desse ano.



Mas não existe outra favorita esse ano além de "Uptown Funk", música do Mark Ronson com participação do Bruno Mars. Você provavelmente já ouviu essa música tanto que pode até estar cansado dela, mas não há como negar que é indiscutivelmente a melhor música de 2015. O refrão é espetacular, o instrumental eletro-funk, com muitas referências ao funk/disco music do final da década de 70, também é sensacional, e é impossível ficar indiferente quando a música começa a tocar.


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Grammy 2016 - Álbum do Ano

Semana passada foram anunciadas as indicações para o Grammy Awards, a maior e mais importante premiação de música do mundo. A partir de hoje vou fazer uma série de postagens tratando das principais categorias da premiação, começando, aqui, com os indicados a álbum do ano.

A categoria de álbum do ano é a mais prestigiada da premiação, e mesmo com uma grande queda nas vendas de discos (a não ser que seu nome seja Adele), com o consumo cada vez maior de singles, ela continua sendo importantíssima. Atualmente, eu diria até que há um novo fôlego para os álbuns, fruto do sucesso dos serviços de streaming, que possibilitam o acesso a uma discografia gigantesca por um valor muito pequeno ou mesmo gratuitamente.
Mas passando às indicações, a Academia de Gravação optou por diversificar bastante os 5 álbuns concorrentes, passeando pelo rock alternativo, o r&b, o pop, o rap e o country. Os escolhidos foram: Sound & Color, do Alabama Shakes; Beauty Behind The Madness, do The Weeknd; 1989, da Taylor Swift; To Pimp a Butterfly, do Kendrick Lamar; e Traveller, do Chris Stapleton.
 
Na minha opinião, analisando a recepção da crítica aos álbuns e a qualidade musical em si, a categoria, apesar de muito bem representada, já tem um vencedor claro, que é To Pimp a Butterfly. O disco, que sucedeu o já muito aclamado Good Kid, M.A.A.D. City, foi além das letras bem pessoais do álbum citado, abordando de forma espetacular os problemas das periferias e dos negros nos Estados Unidos - que não são tão diferentes dos problemas dessas minorias no resto do mundo. Músicas como "How Much a Dollar Cost", "The Blacker The Berry" e "Complexion (A Zulu Love)" retratam bem essa temática, que continua nas excelentes "i", "King Kunta", "These Walls" e "Alright", que são mais "animadas". O disco tem uma sonoridade muito baseada no funk (o americano) e no jazz, o que é cada vez mais incomum no rap mainstream. Falando na crítica, é o álbum melhor avaliado nesse ano de 2015 - dados do Metacritic, e com certeza será lembrado como um dos clássicos do rap.

Os álbuns mais pop que foram indicados são os trabalhos da Taylor Swift e do The Weeknd. O primeiro é uma máquina de hits: Shake It Off, Blank Space, Bad Blood, Wildest Dreams, Style, etc. E o Grammy é apaixonado pela ex-cantora country, que já foi premiada algumas vezes e sempre tem seus álbums indicados à melhor do ano - o último, Red, perdeu pro retorno do Daft Punk com Random Access Memories. Já o segundo é talvez a grande "revelação" do ano - apesar do The Weeknd já ter um nome mais ou menos consolidado antes do lançamento do Beauty. É um álbum de r&b muito bem produzido, com músicas excelentes (destaque para Can't Feel My Face), mas não acho que tenha chances de levar o prêmio.

Os outros dois álbuns, Sound & Color e Traveller, são mais desconhecidos do grande público, mas não ficam atrás de nenhum concorrente em termos de qualidade musical. Sound & Color é a consolidação do Alabama Shakes como uma das grandes bandas de rock da atualidade, e Traveller, disco de estreia do Chris Stapleton, é uma prova de que o country americano continua produzindo grandes artistas. Eu, inclusive, não conhecia o Chris até ver a apresentação dele no Coutry Music Awards, com o Justin Timberlake, e depois da indicação à álbum do ano, fui procurar o disco e é excelente, com músicas que também fogem um pouco do country mais popular por lá, que como o sertanejo daqui, prefere temas como bebida, festa e mulher.

A categoria está muito bem representada, Kendrick é o franco favorito, mas vale a pena escutar os cinco álbuns porque eles estão recheados de música boa para todos os gostos.

Na próxima postagem, gravação do ano. Não percam!!!

domingo, 16 de agosto de 2015

Recomendações musicais #3

Voltando a dar dicas musicais, hoje temos um lendário grupo do rap, uma artista de rock alternativo sensacional, a volta de uma sensação do rap de 2013 e duas performances ao vivo que já entraram pra história:

1 - Straight Outta Compton - N.W.A.: O "grupo mais perigoso do mundo" voltou a estar em evidência com o lançamento do filme Straight Outta Compton, que conta a história do N.W.A (formado por Dr. Dre, Ice Cube, Eazy-E, Mc Ren e Dj Yella), e cujo título faz referência ao álbum homônimo de estreia do grupo, que também é o nome da música que eu estou sugerindo aqui. O N.W.A. é conhecido pelas letras que retratam a realidade da vida dos negros nos bairros/cidades pobres dos EUA, mas especificamente Compton, que fica na região de Los Angeles, e de onde o grupo surgiu.

2 - Digital Witness - St. Vincent: A música é single do álbum vencedor do grammy de melhor álbum de música alternativa em 2015, sendo considerado um dos melhores álbums do ano de 2014. Essa música mostra muito do trabalho da St. Vincent (sim, é uma artista solo).

3 - Growing Up (Sloane's Song) - Macklemore e Ryan Lewis feat. Ed Sheeran: Eles foram a grande sensação do ano de 2013, com os mega hits "Thrift Shop", "Same Love" e "Can't Hold Us", além de ganhar os grammys de revelação e melhor álbum de rap, batendo inclusive o Kendrick Lamar (pode ter sido um grande erro, mas K-Dot também já tem seus grammys, então menos mal). Dessa vez, a dupla se junta ao Ed Sheeran para essa música que homenageia a filha do Macklemore, e trata de como ele espera criar a criança e vê-la crescer.

4 - While My Guitar Gently Weeps - Prince, Tom Petty, Jeff Lyne, Dhani Harrison e outros: Essa é uma versão ao vivo da música do Álbum Branco dos Beatles, composta pelo George Harrison e com solos (na versão original) do Eric Clapton. Essa versão é do dia da nomeação do George ao Rock n Roll Hall of Fame, e é bem parecida com a original, pelo menos até o Prince resolver mostrar seus talentos com a guitarra...

5 - Queen ao vivo no Live Aid: O festival que angariou fundos para ajudar a combater a fome na África aconteceu há 30 anos, e foi nesse festival que a banda Queen fez um de seus show mais espetaculares. A apresentação é relativamente curta (pouco mais de 20 min), mas vale mais que muitos shows "inteiros".

Por hoje é isso e fiquem atentos para mais dicas musicais por aqui!



terça-feira, 11 de agosto de 2015

Quem vai tocar no show do intervalo do Super Bowl 50?

Ontem eu falei sobre as minhas apostas sobre os times favoritos a chegarem ao Super Bowl na próxima temporada da NFL. E é um Super Bowl especial, já que é o 50º Super Bowl. Em finais "normais", o show do intervalo já é um evento muito especial e concorrido. Se o Super Bowl é o evento de maior audiência nos Estados Unidos, o show do intervalo normalmente tem uma audiência ainda maior que a do jogo em si, e é uma oportunidade única se apresentar nesse evento, tanto que ano passado surgiram rumores de que a NFL estaria cobrando dos artistas (!!!) para que eles se apresentassem. A artista que se apresentou ano passado, Katy Perry, nega que tenha pago qualquer valor.

* Michael Jackson "inaugurou" a "era moderna" dos show de intervalo do Super Bowl em 1993

Nos últimos anos, desde 2011, a NFL vem apostando em artistas pop de sucesso, começando em 2011 com o Black Eyed Peas, e passando por Madonna, Beyoncé e Bruno Mars até chegar à Katy Perry no ano passado. Antes disso, a NFL vinha apostando em nomes já consagrados da música, muito por causa do famoso "nipplegate", quando em 2004 o Justin Timberlake acidentalmente rasgou a roupa da Janet Jackson e deixou seu seio a mostra por alguns segundos (suficientes para causar uma tragédia inclusive na carreira da irmã do rei do pop). Após o "nipplegate" passaram pelo show do intervalo o Paul McCartney, os Rolling Stones, o Prince, o The Who e o Bruce Springsteen, com um inusitado show do RBD - sim, Rebeldes - em 2008.


A virada pop a partir de 2011 deixou muitos fãs da NFL chateados, com muitas reclamações a cada artista pop que é anunciado ano após ano, e esses fãs pedem que a NFL volte a trazer artistas da velha guarda para o show do intervalo, mas pelo visto a aposta em artistas atuais de sucesso está sendo lucrativa pra liga, já que a fórmula não é modificada (apesar de sempre existir uma ou outra participação de artistas mais "velhos", como foram os Red Hot Chili Peppers em 2013 e Lenny Kravitz e a rapper Missy Elliott ano passado).



Então, considerando esse breve histórico, acho que a tendência da NFL é apostar em um superstar atual com a participação de nomes mais consagrados, inclusive misturando estilos. Assim, algumas das opções naturais seriam:

1 - Taylor Swift, Kendrick Lamar e convidado(s): A Taylor é a maior estrela pop do momento, sem sombra de dúvida, e poderia trazer alguns convidados para agradar outros públicos, como o rapper Kendrick Lamar, que é sucesso de crítica e público, para apresentarem "Bad Blood", e mais algum nome da "velha guarda", seja do country, estilo de origem dela, ou do rock.

2 - Rihanna, Kanye West, Jay-Z e Paul McCartney: Rihanna é uma das maiores estrelas pop desse século, e poderia agradar a fãs de rap com alguma de suas parcerias com seu "padrinho" Jay-Z e com Kanye, com quem já trabalhou em "All of the Lights" e "FourFiveSeconds", esta última com participação do ex-Beatle Paul McCartney, o que agradaria o pessoal mais voltado pro rock.


3 - Foo Fighters e convidado(s): Dave Grohl é um dos caras mais legais do mundo da música, e certamente sua banda poderia fazer um show marcante mesmo sem nenhuma participação especial. Mesmo assim, eles conseguiriam trazer algum outro grande nome da música, já que Dave e o Foo Fighters já tocaram com nomes como o próprio Paul McCartney e os ex-Led Zeppelin Jimmy Page e John Paul Jones, e a lista não acaba.

É claro que eu poderia trazer outros nomes, como Ed Sheeran, Pharrell, Eminem (nunca tivemos um show só de rap e talvez ele seja alguém capaz de lidar com esse peso) e Coldplay (que inclusive esteve cotado ano passado). A liga pode ainda apostar em um show mais "conservador", chamando algum nome que já tenha sido atração e tenha agradado comercialmente, mas não acho que esta seja a intenção da liga, ainda mais em se tratando de artistas que se apresentaram recentemente.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

A NFL está voltando!!!

É, esse final de semana aconteceu o primeiro jogo de pré-temporada da NFL, entre o Minessota Vikings e o Pittsburg Steelers. Teremos mais 4 finais de semana de jogos de preparação até que a temporada regular comece pra valer em setembro.  Ainda é cedo pra se falar muito, mas certamente já podemos fazer algumas previsões sobre as equipes favoritas a brigarem por uma vaga no Superbowl 50, que deve ser, por si só, histórico. 

Como a NFL é dividida entre a AFC e a NFC, vou falar sobre os favoritos de cada conferência nesse post, começando pelos time da NFC:

1 - Seattle Seahawks: depois de perder o Superbowl por 1 jarda ano passado, a equipe de Seattle está ainda mais forte no seu ataque, com a adição do TE (tigh end) Jimmy Graham, ex-New Orleans Saints e um dos melhores da liga. A equipe continua fortíssima na defesa, sob o comando de Richard Sherman, Kam Chancellor e Earl Thomas III. Marshawn Lynch parece ainda ter muita lenha pra queimar e Russell Wilson, com contrato renovado, é plenamente capaz de levar a equipe de Seattle ao Superbowl mais uma vez.

2 - Green Bay Packers: A equipe do Wisconsin é a mais forte da conferência nacional, junto com os Seahawks, e contam com o melhor quarterback da atualidade, Aaron Rodgers. O time de wide receivers continua excelente - Jordy Nelson é o maior destaque - e o running back Eddie Lacy deve continuar o bom ano que teve na última temporada. Na defesa o time segue muito forte, com Clay Matthews sendo seu principal nome, e talvez o maior ídolo atual da franquia multi-campeã.

Com essas duas equipes se destacando muito em relação ao resto da divisão, acho que é muito difícil que outra franquia chegue ao Superbowl pela NFC, mas eu apostaria em alguns times para "correr por fora" na Conferência:

- Dallas Cowboys: a excelente linha ofensiva ajuda Tony Romo a ter muito tempo para pensar e sua última temporada refletiu isso. Além disso, Dez Bryant é um dos melhores recebedores da liga e vale ficar atento pra ver se a linha ofensiva vai conseguir consagrar mais um running back. Se tudo estiver nos conformes o time deve ganhar sua divisão e tentar algo mais na pós-temporada.

 - Arizona Cardinals: apesar de ser difícil desbancar o Seahawks na divisão, o time de Phoenix é muito forte e ano passado, mesmo com diversas lesões, fez uma campanha decente. Esse ano, com Carlson Palmer saudável, municiando Larry Fitzgerald e Michael Floyd, e a adição do Mike Iupati na linha ofensiva, além de uma defesa muito competente comandada pelo cornerback Patrick Patterson, acho que o time é figurinha carimbada no wild card, e pode até conseguir algo a mais.

- Outros times que podem surpreender: Detroit Lions (com Megatron saudável), Minessota Vikings (vamos ver como o Adrian Peterson volta), Philadelphia Eagles (veremos se DeMarco Murray é ou não "invenção da linha ofensiva dos Cowboys), Atlanta Falcons e Carolina Panthers.

Na AFC, o panorama é o seguinte:

1 - New England Patriots: o atual campeão do Superbowl terá o desfalque do Tom Brady pelas primeiras 4 rodadas da temporada, por causa das polêmicas com o esvaziamento das bolas na final de conferência contra o Indianapolis Colts. Apesar disso, o time manteve a base campeã, e com Rob Gronkowski e um belo time de recebedores, além de um grande treinador, pode se sair muito bem mesmo jogando sem Brady nas primeiras rodadas. O grande desfalque da equipe da defesa foi a saída do cornerback Darelle Revis, que retornou ao New York Jets. Apesar da divisão ter subido bastante de nível da temporada passada pra esta (Revis nos Jets, Suh nos Dolphins e McCoy nos Bills), os Patriots ainda estão muito acima dos rivais, e não devem ter dificuldades para irem à pós-temporada como campeões de divisão.

2 - Indianapolis Colts: Comandados pelo talentosíssimo quarterback Andrew Luck e com o reforço do ótimo wide receiver Andre Johnson, o time deve seguir tendo um dos melhores ataques da liga, com Luck fazendo números excelentes por mais um ano. A fragilidade dos adversários de divisão - o Texans de JJ Watt até pode surpreender, mas Titans e Jaguars são deploráveis - ajuda bastante a equipe, que certamente irá aos playoffs, a não ser que aconteça alguma desgraça.

3 - Denver Broncos: As questões acerca do longevidade de Peyton Manning e a mudança no comando técnico da equipe podem fazer dos Broncos um pouco menos favoritos do que nos últimos anos, mas ainda assim são os favoritos em sua divisão e têm um time muito balanceado, recheado de armas ofensivas e com bom nomes defensivos. Resta saber se Manning terá forças para levar o time longe na pós-temporada.

4 - Baltimore Ravens e Pittsburg Steelers: Rivais de divisão, talvez na divisão mais equilibrada da NFL, os times podem fazer excelentes campanhas, tanto na temporada quanto nos playoffs. Os Ravens tem um dos - se não o - times mais equilibrados da liga, e Joe Flacco já mostrou que é capaz de levar o time longe. Os Steelers têm muita força ofensiva, com Big Ben e Antonio Brown sendo uma das melhores duplas de quarterback-wide receiver da atualidade, e com Le'veon Bell sendo um grande desafogo no jogo corrido.

Além desses times, "correm por fora":

- Kansas City Chiefs: Jamaal Charles é espetacular, e Justin Houston comanda uma defesa muito competente. Se Alex Smith conseguir desenvolver um bom jogo aéreo (quase inexistente ano passado) o time tem plena capacidade de chegar aos playoffs, ainda que pelo wild card.

- Cincinatti Bengals: A.J. Green comanda o ataque, e o time vem sempre chegando aos playoffs, apesar de não conseguir ganhar na pós-temporada. Terão uma forte concorrência na divisão, a mesma de Ravens e Steelers, o que pode complicar na luta pelo wild card.

- Outros times que podem surpreender: Miami Dolphins (será que Suh era a peça que faltava ao time de Miami dar um passo a frente?), San Diego Chargers (se as lesões não atrapalharem, Phillip Rivers e companhia podem chegar aos playoffs), Houston Texans (JJ Watt é o melhor jogador de defesa da liga e com Clowney - grande promessa do College - saudável, a defesa pode ser muito temida) e Buffalo Bills.

domingo, 2 de agosto de 2015

Quem é o próximo Rei do Pop?


Antes que comecem a reclamar, eu sei que o único rei do pop é o Michael Jackson, e que, assim como o Elvis é eternamente o rei do rock, o superstar de Gary, Indiana, vai ser sempre o rei do pop. Mas o que eu quero aqui é perguntar - e tentar responder - quem é o artista atual que pode chegar mais perto do que o MJ foi. Analisando o cenário do pop atual, eu acabei ficando com três nomes que guardam algumas similaridades com o Michael, e podem ser considerados o seu sucessor. Então vamos a eles:

1 - Usher:


O Usher é um grande nome da música pop desde o início da década passada, e ano sim, ano não aparece com um álbum novo e um novo hit. O artista que teve seu auge em 2004, com o álbum Confessions, que teve mega hits como Yeah e Burn, além da música título, sempre teve uma relação próxima com o rei do pop, e, além da voz, tem como maior semelhante com ele os passos de dança, como se pode ver nesse vídeo de 2001, com os dois dançando.


 
Apesar das grandes semelhanças na dança, o Usher não tem a diversidade musical que foi marca da carreira do MJ, ficando muito mais restrito ao r&b. Além disso, apesar de ser um grande nome da música desse século, o cantor/dançarino não faz mas tanto sucesso quanto antigamente, e talvez por essas duas razões fique "correndo por fora" nessa briga.

2 - Bruno Mars:


O havaiano sensação da música pop nos últimos 4 ou 5 anos também guarda muitas semelhanças com o rei do pop. O que mais os aproxima é o fato de terem uma grande influência musical do James Brown e de conseguirem fazer músicas dos mais variados estilos, desde baladas românticas até músicas dançantes com muito swing do funk, passando por músicas com riffs marcantes. Bruno é ainda um excelente compositor, e já fazia seu nome mesmo antes de se lançar como cantor (para quem não sabe, ele é o compositor de "F**k you", grande hit do Cee Lo Green). Treasure, por exemplo, tem uma atmosfera muito parecida com as músicas da era "Off the Wall" do MJ:
 
 
O que pode ser um fator contra o Bruno Mars é o fato de ele ainda ter uma carreira relativamente curta, não se podendo precisar se ele terá (apesar de ser muito provável que tenha) uma carreira longa de muito sucesso.

3 - Justin Timberlake:


JT já tem um apelido que o credencia a ser sucessor do Michael: Presidente do Pop. Além disso, o músico de Memphis tem um início de carreira muito parecido com o de Michael, já que antes de se lançarem em carreira solo, ambos fizeram muito sucesso em boy-bands (Jackson 5 e *NSYNC). Justin, assim como Usher, tem um estilo de dança que se assemelha bastante ao do Michael, e também se apresentou com o rei em 2001:

 
Justin também tem a seu favor o fato de ter sido talvez o maior artista pop masculino do início do século, com os aclamados álbuns "Justified" e "Futuresex/Lovesounds". E mesmo com um hiato grande, em que se dedicou ao cinema e outros trabalhos, JT voltou com tudo ano retrasado, com seu 20/20 experience e sucessos como "Mirrors" e "Suit & Tie", além de uma apresentação que entrou para a história do VMA, assim como MJ já havia feito. Justin ainda gravou "Rock Your Body", música que tinha sido composta para o Michael e está no seu álbum de estreia na carreira solo.

Portanto, atualmente o nome que mais se aproxima do rei do pop é o Justin Timberlake, mas o caminho que o Bruno Mars vem trilhando pode aproxima-lo cada vez mais do Michael (mesmo sem lançar nada esse ano, ele tem participação enorme na grande música de 2015, Uptown Funk, com muita gente achando que a música é realmente dele). Usher, talvez por não querer sair da zona de conforto, acabou por ficar com um público mais restrito ao longo dos anos, e pode ter ficado para trás nessa "corrida".

Por fim, percebe-se que a música pop está em boas mãos, seja com JT, Bruno, Usher ou outros nomes que estão surgindo, como Ed Sheeran e Sam Smith, o que certamente deixa o eterno rei do pop, onde quer que esteja, orgulhoso do legado que deixou...

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A era dos coxinhas e esquerdopatas

Nos últimos meses, principalmente desde o início da campanha presidencial do ano passado, mas já há mais tempo, tenho observado uma radicalização cada vez maior das posições políticas dos brasileiros. Ou melhor, da forma como uma pessoa enxerga outra que tem algum pensamento político, social ou econômico diferente do seu. 

Funciona mais ou menos assim: você diz que é a favor da legalização da maconha. Imediatamente, 90% das pessoas que discordam de você já estão te taxando de esquerdopata, petralha, comunista, "gayzista", e todo o tal "pacote esquerdopata". A mesma coisa acontece do outra lado. Se você diz que é a favor da redução da maioridade penal é taxado de coxinha, entreguista, conservador (aqui num sentido muito pejorativo), contrário à juventude, falso moralista, entre outros apelidos e xingamentos.

Na mídia vem acontecendo o mesmo processo, com jornalistas cada vez mais parciais para cada um dos lados, sejam os de direita da Veja e outros veículos parecidos, sejam os de esquerda da Carta Capital e semelhantes. O mesmo ocorre entre nossos políticos.

Essa súbita (não que eu ache que o processo tenha sido tão súbito assim, mas a escalada é assustadora) radicalização prejudica profundamente os importantes debates que devem ser feitos por nossa população, e eles estão sendo vários nos últimos meses: legalização das drogas, desarmamento ou armamento da população, redução da maioridade penal, corrupção, carga tributária, laicidade do Estado, etc. O que deveria ser uma propagação de ideias baseadas em argumentos sólidos, fatos, pesquisas, e outros meios confiáveis se transforma em um mar de lugares comuns em que além de frases prontas não há sequer o confronto de ideias, já que cada argumento é rebatido com um "coxinha, chora mais" ou "petralha, chora mais".

Ao que parece agora é proibido ser razoável no Brasil, ou você segue toda a "suposta" cartilha da esquerda ou direita e se desviar em algum ponto é imediatamente transformado em um inimigo mortal que merece a morte ou ao menos uma chuva de xingamentos.

Talvez essa situação toda já fosse realidade no Brasil, mas certamente as redes sociais, em especial o facebook, e a sequência de acontecimentos que tiveram origem com o julgamento do mensalão e as manifestações de 2013 foram determinantes para que esse sentimento se aflorasse e a cada dia se intensificasse. 

O maior exemplo recente é a votação da PEC da redução da maioridade penal, em que deputados e pessoas públicas das mais diversas correntes políticas reduziram o debate a infográficos com informações duvidosas divulgadas nas redes sociais com o único objetivo de ludibriar os mais ignorantes no assunto (e esses são 99% da população, inclusive entre muitas pessoas da área jurídica) para apoiar o seu lado - como se uma questão tão importante e complexa pudesse ser reduzida a dois lados que representam esquerda e direita.

Eu não sou contra o posicionamento político da população, muito pelo contrário. Quanto maior a conscientização política da população, maiores as chances de mudarmos alguma coisas no Brasil. Acontece que o movimento em curso no Brasil não é de uma verdadeira conscientização, mas sim de uma escolha de um lado e a demonização do outro, como se só existissem dois posicionamentos político-social-econômicos e esses fossem inimigos mortais em uma guerra em que só um poderá sobreviver.

E é exatamente por isso que eu lamento a situação atual do nosso debate político. O que poderia ser um momento de crescimento até mesmo de cidadania dos brasileiros virou uma batalha pior que qualquer rivalidade de futebol. E enquanto o povão se confronta nas redes sociais, fica tudo exatamente igual nas esferas mais altas de poder, que não tem nenhuma ideologia e fomentam essa polarização para que absolutamente nada mude.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Recomendações musiciais #2

Voltando a dar sugestões de músicas e álbuns (novos, velhos, clássicos, não importa). Vamos começar:

1 - Boa Esperança - Emicida: É praticamente um tapa na cara da nossa sociedade hipócrita e que ainda é preconceituosa ao extremo com pobres, negros e mulheres, sem falar na batida sensacional.


2 - Amor Marginal - Johnny Hooker: Essa foi uma recomendação de uma amiga, eu ouvi e achei bom demais. A voz do cara é muito sinistra, tem muito da Cássia Eller e outros grandes artistas da música brasileira e a música em si, que poderia ser assinada por Cazuza, também é espetacular.




3 - MaracaSamba JongoBeat- Ayelujara: Essa banda tá começando ainda, é de um amigo meu (o baterista), mas vale a pena ouvir a primeira música divulgada deles. A mistura de ritmos é sensacional assim como os solos de guitarra e sax.


4 - Like I'm Gonna Lose You - Meghan Trainor feat. John Legend: Às vezes é legal ouvir uma balada, e essa aqui tem muita qualidade. A Meghan, que virou estrela com "All about that bass", acertou em cheio nesse dueto com o talentosíssimo John Legend e mostrou que tem muita voz...


5 - To Pimp A Butterfly - Kendrick Lamar: Pra finalizar, um álbum sensacional de um dos - se não o maior - rapper da nova geração. O álbum, que é sucesso de crítica e pode ser candidato a vários Grammys, trata de forma precisa de temas como amor próprio, racismo, a vida na periferia e é um grito contra a onda de violência policial contra negros nos Estados Unidos. E é bem mais legal quando você ouve ele inteiro, de uma vez, de preferência lendo as letras.


Infelizmente não tem vídeo, mas procure um desses programas de streaming pra escutar o disco.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Quem seria o técnico estrangeiro ideal para a Seleção?

Passado o aniversário de um ano do 7x1 (que foi pouco), mais uma eliminação vexatória da seleção na Copa América e a revelação de que o Guardiola queria treinar a seleção brasileira, o debate sobre mudanças profundas na estrutura do futebol brasileiro, especialmente na CBF, voltaram a tomar os noticiários esportivos. Um desses questionamentos era exatamente sobre a mudança do técnico da seleção, Dunga, por um técnico estrangeiro.

Esse expediente foi utilizado por várias modalidades esportivas brasileiras nos últimos anos, com resultados muito significantes (o basquete masculino, a ginástica e mais recentemente o pólo aquático e o handebol são exemplos) e talvez seja realmente a hora de fazermos o mesmo com o futebol.

É claro que ainda temos alguns técnicos brasileiros com um bom nível, como o Tite, o Cuca, o Marcelo Oliveira e o Levir Culpi, mas o momento pede por um choque de realidade, para que nossa seleção volte a ser uma referência mundial e que um novo protagonismo reflita nos nossos clubes. Por isso, separei alguns técnicos estrangeiros que poderiam ser candidatos a técnico da seleção e vou analisar o que cada um tem para acrescentar à seleção e direi quem é o treinador dos sonhos e quem é o melhor e mais acessível:


1 - Pep Guardiola: Ele já demonstrou que é o melhor técnico do mundo e que sonha em treinar a seleção brasileira. No entanto, no momento em que nós não tínhamos técnicos e ele estava "de férias" (quando o Mano Menezes foi demitido) a cúpula da CBF, comandada pelo agora presidiário José Maria Marin, escolheu não arriscar e se escorou nos medalhões Felipão e Parreira. O resto vocês já sabem. Guardiola seria o nome ideal para comandar uma revolução na seleção brasileira, é só ver o que ele fez no Barcelona e o que vem fazendo no Bayern. E como ele disse naquele mundial interclubes contra o Santos, ele só está fazendo o que nós, brasileiros, fazíamos antigamente. O maior problema é que agora ele está muito bem empregado e tem o desafio de levar o Bayern a conquistar a Europa novamente, então provavelmente não sairia do clube bávaro.

2 - José Mourinho: É certamente um dos melhores técnicos do mundo, embora eu ache que ele seja pragmático demais em determinados momentos. Não há dúvidas de que ele elevaria o nível da seleção brasileira, mas não causaria a revolução que Guardiola poderia causar. O fato dele falar português seria uma ótima vantagem, mas ele também está muito bem empregado no Chelsea e não sei se tem vontade de treinar uma seleção.

3 - Diego Simeone: Talvez seja o técnico, dentre os melhores do mundo, que tenha um estilo mais parecido com o do Dunga. Simeone faz sucesso com o Atlético de Madri baseando seu jogo na bola parada e no contra-ataque, pensando sempre em arrumar a defesa primeiro. Além disso, tem como marca motivar seus jogadores ao extremo, mas sem que eles percam a cabeça. É um excelente técnico, mas está empregado e não tem um estilo de pensar futebol (pelo menos não que tenha demonstrado ainda) que seja compatível com aquele que tornou a seleção brasileira referência, ou seja, toque de bola e dribles, dominando a partida com a bola no pé.

4 - Jurgen Klopp: Fez muito sucesso com o Borussia Dortmund, e assim como o Simeone levou um time que não é a principal força de seu país a uma final de Champions League. Tem um estilo mais ofensivo e ousado que o de Simeone e talvez pudesse tornar a seleção mais dinâmica e tenha em Neymar um Marco Reus melhorado. O problema é que ele não fala português e para um momento de véspera de eliminatórias (que serão bastante difíceis dado ao nivelamento das seleções sul-americanas) provavelmente não é um nome que se adaptaria com a velocidade suficiente e necessária para enfrentar uma competição difícil.


5 - Jorge Sampaoli: O técnico argentino acabou de ganhar a Copa América com o Chile, mostrando um futebol ofensivo, de muito toque de bola e marcação pressão, mais ou menos ao estilo Guardiola. Sampaoli é certamente o nome mais indicado para o atual momento da seleção brasileira. Ele conhece o futebol sul-americano, joga de modo semelhante ao do Guardiola, fez o Valdívia ter uma sequência de jogos muito boa e não seria muito difícil de atraí-lo com uma proposta generosa (e convenhamos, a CBF nada em dinheiro).

Portanto, em uma situação ideal, com todos esses técnicos desempregados, a escolha óbvia é o Guardiola. Nas condições atuais, eu ainda faria uma proposta ao técnico espanhol, mas como ele provavelmente declinaria em respeito ao Bayern, o mais indicado para fazer a seleção brasileira ser competitiva sem perder suas principais marcas (toque de bola e drible) com certeza é o Jorge Sampaoli.

OBS: Eu tenho plena noção que é muito mais provável o Dunga continuar como técnico até 2018 ou que em caso de troca no comando técnico a CBF escolheria um técnico brasileiro, mas sonhar não custa nada e quem sabe com a iminente prisão do atual Presidente da CBF as coisas não mudem por lá?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Recomendações musicais #1

Vou começar uma série de posts aqui, na qual vou recomendar músicas e/ou álbums que eu ouvi recentemente e que me agradaram, me deixaram cantando pelo resto do dia ou que ou acho que tenham futuro no mundo da música. Bom, vamos começar:

- Glory - John Legend & Common: já falei em um vídeo no meu canal do YouTube, a música é absurdamente boa, além de ter uma mensagem social muito forte, tem um refrão que fica na sua cabeça o tempo todo (e isso é bom!!)


- i - Kendrick Lamar: O prodígio do Compton acertou mais uma vez com essa música sobre amor próprio, que tem samples da música "Who's That Lady" do Isley Brothers (um dos irmãos - Ron Isley - aparece no início do clipe, e tentem escutar ela também, é muito boa) e versos de alto nível.


 - Only One - Kanye West feat. Paul McCartney: São dois dos meus artistas favoritos. O Kanye canta sobre a mãe (já falecida) e a filha, com uma letra muito emotiva, que é complementada pela genialidade do Paul tocando o piano.


- Chandelier - Sia: A música é "antiga", mas ainda me impressiona. Estou torcendo muito pra que ganhe o Grammy de gravação do ano. E a performance da Maddie Ziegler (a menininha do clipe) é a cereja no bolo dessa música.


 - Royal Blood - Royal Blood: esse é um álbum. A banda não tem guitarrista, mas o som é pesado e de muita qualidade (recebeu elogios do Jimmy Page), recomendo ouvirem todas as músicas do álbum (o primeiro deles).


  Por enquanto é isso, qualquer hora eu descubro mais músicas e álbuns pra recomendar a vocês.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O que você faria se só te restasse uma jarda?

Ontem presenciamos um dos melhores superbowls dos últimos tempos, com emoção e ~cenas lamentáveis~ até o final.



Tirando a minha (e de todo o resto dos colaboradores do blog) odisseia pra conseguir assistir ao jogo, ele contrariou completamente tudo o que eu, e provavelmente todo mundo esperava que acontecesse:

- Richard Sherman não interceptou ninguém
- Tom Brady foi "carregado" pelos recebedores
- O jogo terrestre do Patriots foi inexistente
- Russel Wilson não foi decisivo (na verdade, foi para o outro lado né)
- A melhor defesa não ganhou o Super Bowl
- Lenny Kravitz não foi a maior participação especial no show do intervalo



Brady e os Patriots tiveram muita dificuldade em estabelecer o jogo corrido, num ótimo trabalho da defesa de Seattle, o que, com o passar do tempo, tornou o jogo dos Pats unidimensional. Mas, mesmo assim, Brady tinha muito pouco tempo em todas as jogadas para pensar, devido à forte pressão exercida pela defesa dos Seahawks. Assim, o que restou ao excelente quarterback foram os passes rápidos e curtos, que contavam muito mais com a competência dos recebedores (principalmente o Julian Adelman) em quebrar tackles e ganhar as jardas necessárias para os avanços e os consequentes touchdowns. Desse modo, a aclamada "legião do boom" não tinha muito o que fazer, e os Patriots conseguiram realizar campanhas longas e bem sucedidas, apesar da pouca eficiência do jogo terrestre.

Seattle, por sua vez, teve seu jogo baseado em passes longos e recepções sensacionais dos wide receivers, deixado o trabalho do running back Marshawn Lynch praticamente limitado à "red zone" (últimas 20 jardas do campo), o que facilitou bastante a vida do "beast mode".

No entanto, foi exatamente numa situação dessas, em que acionar Lynch era a escolha óbvia e imprescindível que os Seahawks falharam. Faltando 20 segundos pro final do jogo (e com 2 tempos para pedir), depois de uma campanha sensacional até então, que colocou no time a uma jarda da end zone e do título, o técnico de Seattle fez a escolha mais inacreditável da história dos super bowls: ao invés de deixar Lynch fazer o que sabe de melhor, ou seja, ganhar jardas à força e nesse caso, ganhar o super bowl, determinou que o quarterback Russel Wilson executasse uma jogada de passe (talvez pra surpreender o defesa dos Patriots). E aí o previsível aconteceu: Wilson tentou o passe para um recebedor e foi interceptado pelo safety calouro Malcolm Butler, selando a derrota de Seattle e "salvando" Tom Brady - o os Patriots - garantindo o quarto título do Super Bowl da superestrela e da franquia de Foxboro.



Pra não dizer que  nada ocorreu como o esperado, algumas coisas que se concretizaram:

- Rob Gronkowski é um monstro, não há explicação para alguém do seu tamanho ter tanta velocidade
- Marshawn Lynch também é um monstro
- A versatilidade dos recebedores dos Patriots foi fundamental a vitória do time
- O jogo foi muito disputado
- Katy Perry fez um show animado no intervalo e surpreendeu bastante com a participação surpresa da Missy Eliott
- Sherman sendo Sherman:



Enfim, parabéns aos Patriots, que soube transformar a adversidade em vantagem e conseguiu mais um Super Bowl.

Obs: Aproveitem que ano que vem quem levanta a taça é o Phillip Rivers

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Temos um jogo!!!! (Superbowl XLIX)

Se você não captou o significado do título, significa que você não é tão fã assim da bola oval, e esse domingo tem a chance de começar a se apaixonar pelo futebol americano.

Domingo é o dia do Superbowl, a final do campeonato de futebol americano da NFL, que, além de ser o evento mais visto da tv americana, é onde os melhores (melhor é aquele que chega na final, porque esporte nenhum nasceu pra ser justo) times da NFL disputam o troféu Vince Lombardi de campeão. Nessa temporada o jogo será entre o Seattle Seahawks (campeão do ano passado) e o New England Patriots (do Tom Brady, que você pode conhecer como "marido da Gisele Bündchen").



O Seattle Seahawks se classificou em um jogo épico contra o Green Bay Packers na final da NFC (a conferência nacional) com uma virada espetacular nos últimos minutos do jogo. O time manteve a base campeã do ano passado, com a sua famosa "Legion of Boom", que é o apelido da secundária (a parte de trás da defesa) e que tem como estrelas o cornerback Richard Sherman e o safety Kam Chancellor. O time é a melhor defesa da liga mas também é muito forte no ataque, tendo como melhores jogadores ofensivos o running back Marshawn Lynch (famoso por causar um pequeno abalo sísmico em Seattle durante uma jogada) e o quarterback Russel Wilson, que além de competente para lançar a bola é muito móvel, sendo uma excelente válvula de escape correndo com a bola quando necessário.


Já o New England Patriots não teve nenhuma dificuldade em vencer o Indianapolis Colts na final da AFC (conferência americana), apesar da polêmica das bolas murchas, e tem uma das duplas mais vitoriosas da história da NFL: Tom Brady e o técnico Bill Belichik. O time é o melhor ataque da NFL, com um jogo aéreo muito perigoso, cortesias do espetacular Tom Brady, que já tem 3 títulos do Superbowl, do grupo de wide receivers (principalmente Julian Edelman e Danny Amendola) e do concorrente a melhor Tight End da história da NFL, Rob Gronkowski, além de ter uma grande variedade de jogadas graças ao grande treinador e também ser perigoso no jogo terrestre, que consegue aliviar com muita competência a pressão no jogo aéreo e permite que Brady não seja sempre o alvo da defesa dos adversários. No entanto, assim como Seattle, o time não é unidimensional, tendo uma defesa bem forte, que tem como principal nome o também cornerback Darelle Revis.


Existe uma máxima no futebol americano que diz: "ataques ganham jogos, defesas ganham Superbowl". Será que ela vai se confirmar? Ou Brady vai se redimir das duas últimas derrotas (ambas pros Giants de Eli Manning), calar Richard Sherman, anular a legião do boom e levar o 4º troféu pra casa?

Eu não sei responder essa pergunta, mas espero que o jogo seja disputado até o final e que traga muitos momentos memoráveis para esse esporte fascinante. Se você tem um palpite, deixe nos comentários e veremos quem entende de NFL por aqui.

Festa no Céu

Imaginem que todos os artistas da música, ao morrerem, vão para o céu. Agora imaginem que nesse céu há todo e qualquer instrumento musical já inventado pelo homem, podendo ser utilizado por qualquer um que quisesse. Os artistas, que nasceram e viveram para e pela música não perderiam a oportunidade de aproveitar todo essa aparato à sua disposição e começariam a tocar, cantar e dançar, transformando o céu numa verdadeira festa, com gente de todas as raças, credos e orientações sexuais unidos pelo poder da música. Então, os artistas começariam a tocar juntos, de acordo com os estilos que tocavam na Terra, de modo que qualquer um que chegasse pudesse ouvir aquilo que mais gostava quando era vivo ou passou a gostar a chegar nesse céu. Ficaria mais ou menos assim:

Em um canto, com seus violões e guitarras elétricas, Robert Johnson, Muddy Waters e John Lee Hooker estariam apresentando suas canções de blues, relembrando a vida dura num país ainda racista e intolerante e a vida simples cantada em forma de música. Um pouco ao lado, Hank Williams, George Jones e Johnny Cash pegariam seus violões para também falar da vida simples no campo, só que do ponto de vista dos brancos. Ouvindo essa mistura de country e blues, Elvis Presley, Buddy Holly, Roy Orbison e Bill Haley estariam celebrando a juventude, cantando e dançando o rock n roll, animando e contagiando todos os que passavam por perto. Num outro ponto, Ray Charles, Otis Redding e Sam Cooke estariam fazendo duetos com Marvin Gaye, Curtis Mayfield, Etta James e Whitney Houston, com vozes tão potentes que até os anjos se impressionariam, além de Amy Winehouse, que chegaria depois para se juntar à festa. Do lado, Bob Marley e Peter Tosh estariam louvando Jah, sem se esquecer do povo sofrido da Jamaica nas suas músicas de reggae. Um pouco mais ao centro, James Brown estaria ensinando passos de funk ao Michael Jackson, fazendo-o lembrar dos tempos de Jackson 5, e o próprio Mike ensinaria Brown a fazer o Moonwalk. Ao lado de Elvis e cia., John Lennon e George Harrison se juntariam a Brian Jones, John Entwistle, Jack Bruce e Keith Moon, criando uma superbanda para cantar os maiores sucessos das grandes bandas inglesas da década de 60. Em um campo florido, Jimi Hendrix estaria tocando sua guitarra fazendo companhia a Janis Joplin, Jim Morrison, Joe Cocker e Cass Elliot, celebrando a paz, o amor e a música, observados de perto por Frank Zappa, Syd Barrett e Rick Wright.

Um pouco depois apareceriam por lá Bon Scott, Ronnie James Dio, John Bonham, Randy Rhoads, Cliff Burton, Jon Lord e Dimebag Darrell, que elevariam ao máximo o som do rock pra incluir o Hard Rock e o Heavy Metal na festa. Também chegariam pra tocar Johnny, Joey e Dee Dee Ramone, acompanhados de Joe Strummer e Sid Vicious, cantando as insatisfações da juventude com os governos e pregando a simplicidade no rock, cercados de pessoas de cabelo moicano e jaquetas de couro. Para animar a festa, Donna Summer, Maurice e Robin Gibb cantariam os embalos de sábado à noite, sem deixar ninguém parado.  Em outra parte da festa, mais afastado do centro, Tupac Shakur e Notorious B.I.G., amigos novamente, se juntariam a Eazy-E e MCA, para fazer rimas sobre os prazeres da vida e os problemas das periferias e dos jovens pobres americanos, sob o comando de Jam Master Jay. Também estariam presentes para cantar os problemas da juventude, na forma de rock, Kurt Cobain e Layne Staley.

Além deles, estariam um pouco mais afastados, mas próximos o suficiente para serem ouvidos, Louis Armstrong, Miles Davis e Dave Brubeck, demonstrando toda a complexidade e sonoridade única do jazz. Também estariam presentes Judy Garland, Frank Sinatra e Bobby Darin, mostrando que vozes e orquestras são um casamento perfeito. Aproveitando a orquestra, Luciano Pavarotti estaria encantando até o mais belo dos anjos com a perfeição vocal dos tenores, e seria surpreendido por Freddie Mercury, que mostraria a semelhança entre o rock e a música erudita, fazendo-se ser ouvido em todos os lugares do céu, acompanhado de Clarence Clemons, como se o céu fosse um grande estádio igual aos em que brilhavam na Terra.

Já cansados de tocar suas obras primas, Beethoven, Mozart, Bach, Vivaldi e tantos outros gênios da música observariam tudo, e ficariam extremamente contentes em descobrir que a música se diversificou e se popularizou sem perder a qualidade, e logo estariam aprendendo a tocar cada uma das músicas desses novos estilos, de "Cross Road Blues" a "Smells Like Teen Spirit", de "Walk The Line" a "California Love", de "Stayin' Alive" a "Blitzkrieg Bop", de "What a Wonderful World" a "What's Going On", de "Billie Jean" a "Whole Lotta Love", de "We Will Rock You" a "No Woman, No Cry", esperando a chegada de mais talentos para ampliar ainda mais seus horizontes musicais e confirmar que a beleza na música, antes de tudo, está na criatividade do ser humano.

PS: Eu provavelmente me esqueci de muita gente, mas é muito difícil lembrar de todo mundo, e o que eu pretendi aqui foi fazer uma homenagem à diversidade musical e aos grandes artistas que já partiram desse mundo.

I'm back

Como diz a música do Roberto Carlos, "eu voltei, agora pra ficar".

Quero usar o blog como apoio pro meu canal do youtube e espero que meus amiguinhos  algum dia voltem a escrever aqui também.

Então, entrem no meu canal (https://www.youtube.com/channel/UCfxIZr8n1GJg3pZRIqQWq0w), que toda semana (minha semana não tem exatamente 7 dias, hehehe) tem vídeo novo lá.

Vou continuar a falar de música por aqui, mas não me limitarei a isso. Até o dia 1º de fevereiro sai um post sobre o Superbowl. E é só o começo.

Aproveitem e vejam a semana musical nº 2:


Adiós, e até logo...